Além do componente psicológico, em que HIV pode aumentar os níveis de ansiedade e até de depressão, principalmente no caso de se tratar de um diagnóstico recente, HIV também afeta o sistema nervoso central, ou seja, pode alterar as nossas funções cognitivas.
Esta alteração é resultado da infecção das células do sistema nervoso central pelo vírus, que se tornam um reservatório, onde os medicamentos antirretrovíricos têm mais dificuldade em penetrar.
As queixas mais habituais são a perda progressiva da memória, dificuldade na execução de tarefas mais complexas (cálculos matemáticos, nomeação de palavras), até uma situação extrema de demência.
As pessoas que têm maior probabilidade de vir a sofrer estas manifestações são aquelas que apresentam valores de células CD4 mais baixos, aquando do diagnóstico, e que têm mais anos de evolução da infeção antes de iniciar tratamento. Além disso, o consumo de drogas e a idade avançada também aumentam este risco.
O melhor para prevenir o desenvolvimento de queixas é ter uma vida saudável, tomar sempre a medicação antirretrovírica e aconselhar-se com o seu médico.