Uma das perguntas que pode colocar-se, quer seja homem quer seja mulher com HIV e no caso de estar em idade fértil, é: poderei ter filhos?
Em primeiro lugar, deve ter conhecimento de que tem direito a tomar as suas próprias decisões no que diz respeito à sua fertilidade e de que o pessoal médico e o pessoal dos serviços de saúde o apoiarão se decidir avançar na sua decisão de ser pai ou mãe.
No caso das mulheres, está atualmente comprovado que a terapêutica antirretrovírica diminui o risco de transmissão materno-fetal.
Contudo, é importante informar o médico acerca da intenção de engravidar para que este possa informá-la de tudo o que diz respeito à reprodução.
No que diz respeito aos homens, os avanços em matéria de reprodução humana assistida permitiram o desenvolvimento de técnicas que possibilitam que um homem com HIV tenha filhos.
Em específico, essa técnica é denominada lavagem de esperma. Sabe-se que o esperma é um veículo de transmissão do vírus, pelo que os espermatozoides (que não contêm o vírus no seu interior) são separados do resto do plasma seminal
Esses espermatozoides serão posteriormente utilizados na inseminação ou na fecundação in vitro. Deste modo, é eliminado o risco de transmissão do vírus.
No entanto, os casais, que pretenderem, poderão recorrer à reprodução natural controlada. Esta opção pode ser apresentada quando a pessoa com HIV tiver atingido uma carga viral não detetável e reunir outra série de condições clínicas que reduzem o risco de transmissão.
Por fim, no caso de ambos os membros do casal serem seropositivos, a técnica de reprodução assistida normalmente utilizada para ter filhos é a inseminação intrauterina ou fecundação in vitro com microinjeção espermática.
É igualmente possível recorrer à auto-inseminação ou à reprodução natural controlada.