O tratamento habitual da infeção por HIV é uma combinação de vários medicamentos. O objetivo é escolher uma combinação que seja fácil de tomar, uma vez que é importante uma boa adesão para o êxito do tratamento.
O tratamento deve adaptar-se, o máximo possível, ao seu estilo de vida, pelo que deve analisar atentamente a sua rotina diária.
Por exemplo, alguns tratamentos devem ser tomados com alimentos, pelo que deve ter em conta os horários das refeições, a rotina profissional e a frequência com que viaja por motivos profissionais ou de lazer.
A considerar:
Doenças concomitantes
No momento de escolher o seu tratamento, a equipa médica terá em consideração outros problemas de saúde, tais como infeção por vírus da hepatite C, problemas renais ou a existência de um risco cardiovascular elevado (colesterol elevado, pressão arterial elevada, excesso de peso e tabagismo).
Gravidez
Caso seja mulher e esteja a pensar em engravidar, saiba que, atualmente, com o tratamento e os cuidados adequados, pode ter um bebé sem HIV. Informe previamente a equipa médica para a eventualidade de ter de ajustar a TARV.
Interações Medicamentosas
Alguns tratamentos para HIV interagem com outros medicamentos. Tal significa que as concentrações no seu corpo de alguns dos tratamentos ou medicamentos podem variar.
Nesses medicamentos, consideram-se:
- Medicamentos prescritos por um médico ou um dentista (por exemplo, estatinas para diminuir os níveis de colesterol)
- Medicamentos de fitoterapia/suplementos/alternativos (ex – hipericão ou erva de S. João)
- Medicamentos não sujeitos a receita médica (ex- antiácidos para o estômago ou suplementos de magnésio)
- Drogas recreativas (ex: GHB)
Alguns dos medicamentos antirretrovirais utilizados podem reduzir a eficácia dos contracetivos hormonais (por exemplo, da pílula), podendo ser necessário utilizar outro método contracetivo.
É importante informar a equipa médica acerca de todos os medicamentos que tome regular ou ocasionalmente, para que possam ser tidos em conta nas decisões de tratamento.
Tratamento antirretrovírico e efeitos secundários
Mesmo que a equipa médica tenha escolhido o tratamento mais adequado ao seu caso, é possível que sinta efeitos secundários causados pelos medicamentos antirretrovíricos. A maioria dos efeitos secundários é passageira.
A equipa médica pode ajudá-lo(a) a gerir os efeitos secundários, adaptando o horário da dose e/ou receitando outros medicamentos para os reduzir ou modificando o tratamento.